terça-feira, 16 de junho de 2009

Jovem luta para que Chimbinha, da Calypso, reconheça seu filho...


Relacionamento aconteceu antes de Chimbinha conhecer Joelma.

Um processo de reconhecimento de paternidade que corre na Justiça há um ano e cinco meses pode estar perto de um desfecho.

Caso ela seja comprovada legalmente a partir de teste de DNA, o guitarrista e produtor musical Chimbinha, da banda Calypso, terá de reconhecer como filho legítimo um menino de 9 anos (que nesta matéria terá sua identidade preservada), nascido de uma suposta relação entre o artista com uma fã de Macapá (AP).

A mãe da criança, Cristiane de Paula dos Santos Gonçalves, 27 anos, está movendo o Processo Judicial de Investigação de Paternidade com Pedido de Pensão Alimentícia. E falou com exclusividade à TITITI a respeito de sua história com o artista, que é casado há dez anos com a cantora Joelma, com quem tem uma filha de 4 anos.

Acompanhada de seu advogado, Rodolfo Oliveira, Cristiane, que tinha 17 anos quando garante ter se envolvido com Chimbinha, revela nesta entrevista por que, só agora, entrou na Justiça para exigir os supostos direitos do filho.

Nossa reportagem tentou insistentemente, por mais de um mês, falar com Chimbinha para que ele desse sua versão dos fatos. Por intermédio de seu empresário, Sérgio Barbosa, o guitarrista disse que não iria se pronunciar a respeito.

TITITI - Como aconteceu seu envolvimento com Chimbinha?
Cristiane Gonçalves - Foi em 1998. Eu tinha 17 anos e morava em Macapá. Na época, meus pais se separaram e resolvi passar um tempo com uma tia no Maranhão. Certo dia, fui a um show do guitarrista Roberto Villar (considerado no Norte e Nordeste como o rei do ritmo calipso). Minha prima queria conhecê-lo e chamei justamente o Chimbinha, que era guitarrista do Villar, para apresentá-los. Eu não o conhecia e o achei até feio. Só que me apeguei à conversa dele e acabamos passando a noite juntos.

Vocês "ficaram" na mesma noite? O Chimbinha tinha quantos anos?
Sim. Ele estava com 25 e eu 17.

Você era virgem?
Não. Na manhã seguinte, tomei café com ele, almoçamos com os outros músicos do grupo... À tarde, eles iam para outra cidade fazer show e Chimbinha me pediu para acompanhá-lo, mas minha tia não permitiu. Ele me deixou seu telefone e endereço em Belém (cidade onde o artista residia na ocasião). Até então, acho que ele não tinha ninguém. Dias depois, resolvi fugir para Belém atrás dele, porque havia me apaixonado. Como não o encontrei, voltei para o Maranhão. Após um mês, fui a Belém atrás dele outra vez. Um dia, dei de cara com Chimbinha num bar. Levantei e fui falar com ele. Perguntei se estava lembrado de mim, ele ficou me olhando e disse: “Eu lembro de você, só que não sei de onde”. Minhas lágrimas desceram. Ele falou para eu sentar e a gente conversar. Foi quando lembrou de mim.

Você gostava dele, mesmo, ou se sentiu atraída por ser um artista?
Eu gostava dele. Naquela época, ele era pobre. Tanto que não tinha R$ 1 para andar de ônibus. A verdade é que a gente "ficou" de novo, umas três ou quatro vezes. E acabei engravidando.

E o que aconteceu quando você se viu esperando um bebê aos 17 anos?
Eu não queria mais nem olhar para o Chimbinha. Liguei para minha mãe, contei tudo e ela foi me buscar.

E você não chegou a revelar nada a ele?
Não. Eu era praticamente uma menina. Nunca falei nem para meu pai, que morreu sem saber quem era o pai do meu filho. Quando contei (sobre a paternidade) à minha mãe, meu filho já tinha 1 ano.

Mas não dá para entender por que você não disse tudo ao Chimbinha... Achou que ele não ia aceitar?
Não sei. Toda vez que ele chegava perto de mim, ficava sem entender por que eu corria dele. Mas eu tinha medo de ele pedir que eu tirasse o bebê. E eu sempre quis ter um filho.

Então, você planejou essa criança?
Era uma garota, mas sabia que corria o risco de engravidar...
Na hora eu não pensei.

Fonte: Revista TITITI.

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